Fonte: DIÁRIO DE MOTOCICLETA Dia : 31/8/2012 Categoria : Dicas de Viagem ANDANDO EM BONDE NA ESTRADASem a realização de uma pesquisa fica difícil afirmar com assertividade, os motivos que levam um motociclista a entrar em um Moto Clube, Moto Grupo ou montar seu próprio Moto Amigos, mas podemos arriscar afirmando que o fato de viajar em grupo seduza uma boa parte. Dividindo Responsabilidades |
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Duas rodas, feitas pra cair? Absolutamente, não! Para os não adeptos do motociclismo, um dos argumentos mais freqüentes para inibir o uso da motocicleta é o de que se trata de um veículo instável sob duas rodas. Utilizam-se dessa máxima para desencorajar quem quer que seja para o risco de se pilotar “algo” que não disponha de pelos menos três pontos de apoio e garantir uma estabilidade por si só, pois o equilíbrio da máquina mesmo em repouso estaria garantido. Porém, a leis físicas da cinética demonstram que é perfeitamente possível e seguro o deslocamento de um corpo sob duas rodas num eixo longitudinal. Somando-se a eficácia do impulso, a baixa inércia permite a saída do estado de repouso da motocicleta, garantindo sua estabilidade durante a trajetória, com uma combinação de forças em equilíbrio numa trajetória linear. O que pode provocar uma variação no eixo de estabilidade e, promover uma queda pelo fato de se extrapolar o centro de gravidade da motocicleta em movimento são dois fatores determinantes: os endógenos e os exógenos. Os endógenos, referem-se as condições psico-fisiólogicas do piloto, ou seja, as suas condições de avaliação e discernimento com relação ao ambiente em que trafega. No campo psicológico, os acidentes geralmente estão associados ao estado mental em que o motociclista se encontra. Stress, estado de ânimo alterado após uma situação indesejada, uso de álcool e outra drogas, incluindo-se certos medicamentos, dores, o comprometimento dos sentidos e, até mesmo um mal súbito podem justificar uma queda ou colisão. Já os fatores exógenos, independem das condições da motocicleta e de seu condutor, desde que a máquina se encontre em perfeitas condições de uso e que o motociclista esteja em suas plenas condições mental e física. Claro que a destreza e prudência são peculiares a cada um, mas isso faz parte de fatores endógenos, desenvolvidos a partir de suas experiências de pilotagem. Como elementos exógenos e que poderiam provocar a instabilidade da motocicleta, ocasionando a queda de seu condutor, estão as condições de rolamento de sua máquina, ou seja, a perfeita aderência do pneu, adequado ao piso em que se trafega e, evidentemente, levando-se em consideração os demais aspectos mecânicos e/ou elétricos. Pista molhada diminui o atrito, deixando o piloto vulnerável a quedas. Pedras, óleos, bueiros, trilhos de trens, etc – são verdadeiras armadilhas com as quais o motociclista pode se deparar. Até o excesso de luminosidade pelo automóvel em faixa contrária e pelo sol nascente ou poente, podem trazer riscos a uma bom e seguro deslocamento. Portanto, o fato de uma motocicleta ser composta apenas por duas rodas não justifica o perigo em si, mas sim um conjunto de fatores que interferem na boa condução da mesma. E, pra finalizar, considerando-se os fatores anteriormente citados, nada melhor que minimizar os riscos de um acidente obedecendo as leis de trânsito e de fazer o uso de equipamentos de proteção individual. O capacete é obrigatório, mas também é recomendável que se invista em roupas adequadas, botas, luvas, óculos, etc, no intuito de aumentar sua segurança física e proporcionar um prazeiroso e confortável tráfego nos mais diferentes tipos de vias. Viva a liberdade sobre duas rodas! Rogério Francisco Vieira. Curitiba - PR |
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Alma de motociclista.“Alma de Motociclista” é um texto de Tiago Pereira dos blog Seu Modesto e tiagopereiraBlog. “O coração pulsa mais forte, bombeando para o resto do corpo uma mistura de óleo, gasolina e asfalto. O dia amanhece e as estradas da vida aguardam ansiosas por seus maiores amantes. Por dez, cem ou até mesmo mil quilômetros, a adrenalina e a brisa no rosto tomam conta daqueles que fazem do viver sobre duas rodas o seu estilo de vida. Um botão da inicio a aventura para aqueles que a buscam, seja debaixo de chuva ou com Sol a pino, o que faz de você um motociclista não são as cilindradas que você pilota, mas as suas atitudes quando está em cima delas. A mão vira o acelerador e o motor ronca alto, jogando ainda mais alto todo o estresse e as preocupações do dia a dia. É no espaço de tempo entre a partida e a chegada que o motociclista faz o que mais ama, ou seja, percorrer o desconhecido atrás de novos lugares, novas amizades e novos rumos, sempre atento a sua segurança e a daqueles que, assim como ele, prezam muito pelo chegar bem e não pelo chegar mais rápido. De brasão nas costas, alforjes carregados, capacete e tanque cheio, o que vale é a liberdade, o prazer de pilotar e a quantidade de mosquitos grudados na jaqueta ou no colete, misturados aos mais variados de inúmeros encontros e lugares visitados. Não somos bandidos, não nos julguem injustamente, somos apenas aventureiros, muitos até pais de família, que fizeram de uma paixão o seu estilo de vida. Somos médicos, advogados, vendedores, programadores, publicitários e empresários de todos os ramos que você possa imaginar. Somos rock and roll e cerveja gelada, chuva fria, sol e praia, pilotos de motos, churrasqueiras e carrinhos de bebês. Somos motociclistas, não tentem nos entender, nos ame ou nos odeie, não importa, seremos sempre assim, uns loucos outros corretos, caseiros e sem tetos, famílias e puteiros, som alto e som ainda mais alto. Não nos imponham regras, não delimitem nossos espaços, não somos pássaros, mas queremos, e vamos voar sempre. Motor em ponto morto, a chave gira e as luzes se apagam, o pezinho sustenta agora aquilo que nos levou por tantos quilômetros. Por um breve momento o capacete é deixado de lado, apenas por um breve momento…” Grande texto, expressa muita coisa!!! |
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